O selo Circus e YB Music lançam em setembro de 2018 SIBILIBA, novo disco do compositor Cacá Machado. Depois da excelente repercussão do seu primeiro disco eslavosamba (2013), “engenhoso e estimulante CD” segundo o crítico Lauro Lisboa Garcia, o professor de história da música da Unicamp chega com novo trabalho aprofundando a sua linguagem de composição no universo da canção autoral brasileira. Neste disco, Cacá assume a linha de frente como intérprete e ainda tem as participações de Matheus Aleluia, Ava Rocha, Tiganá Santana, Alessandra Leão e Iara Rennó. Seus parceiros letristas, Romulo Fróes, Clima, Guilherme Wisnik e Vadim Nikitin também estão presentes nos coros.
Com produção musical de Gilberto Montes, Márcio Arantes e do próprio Cacá, a base do disco foi gravada ao vivo no estúdio da YB, em São Paulo, com a direção musical de Márcio Arantes (baixo synt, acústico e elétrico) e a performance dos músicos Antônio Loureiro (bateria e vibrafone) e Alê Ribeiro (clarinete e clarone), além de Cacá Machado (violões nylon e aço e voz). Em cima destas bases o produtor Gilberto Montes acrescentou suas guitarras, edições e ambiências sonoras. Vadim Nikitin assina junto com Cacá a direção artística do disco, Amanda Dafoe e Júlia de Francesco (Casa Planta), a direção de arte, e Guto Ruocco (Circus) a produção executiva. Carlos “Cacá” Lima (YB) gravou, mixou e masterizou, com assistência de João Risk e Frederico Gomes e edições adicionais de Fernando Rischbieter.
SIBILINA tem dez faixas, oito delas inéditas. Cacá trouxe a sua versão para a canção “Dança”, parceria com Romulo Froes, gravada por Elza Soares em “A mulher do fim do mundo”(2015), e “Tremor essencial”, parceria com Celso Sim e André Stolarski, gravada por Celso no seu disco “Tremor Essencial” (2014). A abordagem musical segue o caminho, iniciado em eslavosamba, da desconstrução dos gêneros sem o comprometimento com a fidelidade ou busca de suas origens. Aliás, a ideia de origem se traduz aqui pelo comprometimento radical com a originalidade e com a contemporaneidade em busca, sempre, da canção autoral. É por esta razão que diferentes gêneros e ritmos (samba, choro, valsa, rumba, entre outros) são mote de inspiração para que o discurso musical de Cacá Machado dialogue com texturas sonoras que vão do acústicos ao elétrico passando
por narrativas poéticas sobre os labirintos da experiência urbana em meio à violência e ao amor.
Em poucas palavras, Francisco Bosco resumiu: Sibilina é uma obra de alta poesia cancional”